Antes inimigo, empresário de Oscar domina safra de joias do São Paulo

De persona non grata a empresário forte entre as revelações do clube. Esse é o status do agente Giuliano Bertolucci no São Paulo. Um dos mais influentes do mundo, Bertolucci já representa três das maiores promessas do clube para os próximos anos: o zagueiro Lucão, o meia Boschilia e o atacante Ewandro. Todos eles fazem parte da “geração de ouro” de 1996, considerada pelo Tricolor uma das mais promissoras dos últimos anos. Ewandro, inclusive, foi titular do time na última quarta-feira, no empate por 0 a 0 contra a Chapecoense, em Chapecó. Com 18 anos, os três fecharam a parceria este ano, quando renovaram contrato com o São Paulo.

Desta geração de 1996, ainda há mais um jogador que integra o elenco profissional e o único não agenciado por Bertolucci: o lateral-direito Auro, empresariado por André Cury, representante do Barcelona no Brasil. Ewandro também tem uma parceria com a  Trust Football, empresa nova no mercado que conta com diversos jogadores da base e alguns profissionais.

Bertolucci ficou marcado no Tricolor por supostamente iniciar uma “rebelia” de atletas da base entre o fim de 2009 e o início de 2010. Ações na Justiça motivadas pelo empresário culminaram na saída do meia Oscar, atualmente no Chelsea (ING), para o Internacional. O atacante Lucas Piazon, emprestado pelo Chelsea ao Frankfurt (ALE), chegou a amaeçar seguir o mesmo caminho, mas desistiu e acabou vendido. Além deles, o lateral-esquerdo Diogo, atualmente no Peñarol (URU), também entrou na Justiça sem ligação com o empresário, mas foi derrotado.

Bertolucci acabou virando persona non grata no Morumbi e dificilmente teria o espaço de agora na gestão anterior, do ex-presidente Juvenal Juvêncio. Na época das ações na Justiça, o São Paulo chegou a fazer uma espécie de caça às bruxas para tentar minar a influência do empresário em Cotia. Próprios funcionários do clube foram apontados como facilitadores do agente na sede das categorias de base.

A relação, no entanto, agora é totalmente diferente. Bertolucci recebe elogios dos dirigentes são-paulinos. Ele foi peça-chave na negociação para renovar o contrato de Lucão. Na época, o tio e representante do jogador estava disposto a levá-lo para o exterior, mas foi convencido por Bertolucci. A partir daí, foi questão de tempo para o jogador acertar seu novo vínculo.

Ewandro e Boschilia também estenderam seus contratos este ano, assim como Auro. Todos com duração até 2019. O meia, dono da camisa 35, foi o que mais jogou com Muricy. Disputou 26 partidas e marcou um gol. Ewandro vem em seguida, com 13 jogos e um gol, seguido por Lucão, 11 jogos e um gol, e Auro, oito jogos, e nenhum gol.

Além de Oscar, Bertolucci trabalha com o zagueiro David Luiz (PSG), Ramires (Chelsea), Willian (Chelsea), Paulinho (Tottenham-ING) e Bernard (Shakhtar Donetsk-UCR), todos estiveram na última Copa do Mundo pela Seleção Brasileira, entre tantos atletas. Ele é ligado ao iraniano Kia Joorabchian, que comandou a parceria entre Corinthians e MSI na década passada. Na época, Kia foi denunciado pelo Mistério Público por crime de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Chegou a ter a prisão decretada, decisão suspendida pelo Supremo Tribunal Federal anos depois.

Fonte: Lance

Um comentário em “Antes inimigo, empresário de Oscar domina safra de joias do São Paulo

  1. Pelo menos, muito estranho…
    Como pode haver tanta diferença entre uma administração e outra, com referência ao mesmo empresário?
    Pelo que fez e a forma como fez, nos casos citados, eu também o reputaria como persona non grata no clube.
    Mas, vá entender política administrativa: cada cabeça uma sentença ou, quem sabe, cada cabeça com seu interesse. . .

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