Aloísio fica valorizado no mercado em meio a altos e baixos do São Paulo

Entrar em campo, fazer gols e não sofrer, vencer as partidas. Uma receita que parece simples para se obter sucesso no futebol. Mas engana-se quem acha que essas são as únicas preocupações no São Paulo. O time de Muricy Ramalho, que luta pelo bicampeonato da Copa Sul-Americana, já que é o atual campeão da competição, passou por altos e baixos durante o ano. Isso se refletiu no valor do clube no mercado. Por exemplo, para Samy Dana, consultor financeiro, o atacante Aloísio foi um lado economicamente positivo em 2013.

– Valor relativamente pequeno investido e um retorno enorme. A grande dificuldade é saber quais serão os próximos Aloísios.

Aloisio Treino São Paulo (Foto: Rodrigo Faber)Com baixo custo, Aloísio termina ano no São Paulo bem valorizado (Foto: Rodrigo Faber)

Na contramão do Boi Bandido, Paulo Henrique Ganso viveu momentos de instabilidade não apenas com a camisa tricolor, mas ainda com a do Santos. Isso lhe custou uma desvalorização de mercado, embora sua transferência da Vila Belmiro para o Morumbi, que atingou quase R$ 24 milhões, tenha sido a maior da história entre clubes brasileiros.

– É um jogador que chegou a valer de 30 a 40 milhões de euros (ou 120 mi de reais) alguns anos atrás, no auge da forma. Porém, que enfrentou um período de baixa no mercado por problemas no Santos, como contusão, queda de rendimento, perda de posição na seleção brasileira. De uma certa maneira a carreira de Ganso, agora com o Muricy, deu uma certa estabilizada – avaliou Fernando Ferreira, especialista em gestão e marketing esportivo.

Mesmo diante dessas variáveis, que levam em conta 77 fatores para definir o valor de mercado de um jogador, o São Paulo está sendo avaliado atualmente em torno de R$ 184 milhões. Trata-se, portanto, do quarto elenco mais caro do Brasil.

– O São Paulo iniciou o ano com valor de mercado substancialmente maior que o de hoje. O elenco perdeu 7% de mercado neste ano. Simplesmente sem trasferência nenhuma. Daquele período do fim da fase Autuori, a queda chegou a 10%. Com a presença do Muricy, com a estabilização do time, a curvinha deu uma melhorada e estabilizou, bicando um pouco para cima – acrescentou o especialista Fernando Ferreira.

O que durante muito tempo pode funcionar como alta nos valores, num determinado momento passa a pesar para uma desvalorização. Casos, por exemplo, de Rogério Ceni e Luis Fabiano, que nem mesmo com a condição de ídolos foi o bastante para fazerem resistir aos altos e baixos da bolsa do futebol.

– O principal ídolo, o goleiro Rogério Ceni, teve seus momentos de glória, mas está já no fim da sua carreira futebolística. Com isso, seus dividendos futuros são muito baixos. Luis Fabiano, quase um mercado imobiliário. Teve seu auge em 2010, na Copa do Mundo, e depois caiu em problemas atrás de problemas – concluiu Samy Dana.

 

Fonte: Globo Esporte

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