Aidar sugere a Juvenal tática para driblar oposição e aprovar cobertura

Candidato da situação à presidência do São Paulo, Carlos Miguel Aidar sugeriu ao presidente Juvenal Juvêncio que faça a votação pela aprovação do contrato para as obras de modernização do Morumbi na mesma reunião em que o Conselho Deliberativo elegerá o novo presidente do clube, em pleito que provavelmente será realizado em 16 de abril. A estratégia é evitar o boicote da oposição, do candidato Kalil Rocha Abdalla, que conseguiu barrar a aprovação no fim de 2013 sob o argumento de não ter acesso a detalhes do contrato.

“Sugeri ao Juvenal que fizesse no mesmo dia. Ele ainda não respondeu, não sei o que ele vai responder, mas quem decidirá tudo isso é o presidente do conselho deliberativo, José Carlos Ferreira Alves, depois de algumas conversas”, confirma Aidar.

A oposição são-paulina não quis comentar a sugestão do candidato de Juvenal Juvêncio abertamente. Os líderes do grupo de Kalil Rocha Abdalla avaliam que trata-se de um golpe, por inserir a votação do contrato das obras do Morumbi na reunião mais importante do conselho, na qual praticamente todos os conselheiros estarão presentes para eleger o novo presidente, e esperam a definição pela nova construtora após a saída da Andrade Gutierrez. No entanto, preferem não argumentar abertamente sobre o tema antes da decisão de Juvenal Juvêncio.

A data da votação deverá ser definida até a próxima semana. Caso Juvenal aceite a sugestão de Aidar, a oposição tentará impedir que seja incluída a discussão sobre o contrato na ata da reunião que servirá para eleger o novo presidente do clube.

Segundo a diretoria do São Paulo, pelo menos dez grandes construtoras se manifestaram formalmente interessadas em assumir a obra abandonada pela Andrade Gutierrez – a construtora que estava no projeto desde o primeiro semestre de 2012 argumentou que as manifestações contrárias da oposição são-paulina motivaram a desistência.

No dia 17 de dezembro de 2013, os conselheiros aliados à oposição do São Paulo não compareceram à reunião no Morumbi que serviria para votar e referendar o contrato para as obras de modernização do Morumbi, que incluem a construção de uma cobertura e de uma arena para shows em um pedaço do estádio. Como não houve quórum mínimo de 177 conselheiros (75% do conselho), a votação não foi aberta. Os oposicionistas foram ao salão nobre do Morumbi, mas ficaram do lado de fora e não entraram na reunião.

Antes da saída da Andrade Gutierrez, Juvenal abriu os contratos das obras para análise da oposição. Comissões de conselheiros foram formadas, e caso a nova tentativa não resultasse em aprovação, o caminho seria a mudança estatutária para facilitar a aprovação do contrato no conselho.

As obras de modernização do Morumbi incluem a construção de uma cobertura para o estádio e de uma arena de eventos, para 28 mil pessoas, anexa ao estádio. No fim de novembro de 2013 o São Paulo firmou contrato com a Andrade Gutierrez, construtora, e com outros parceiros. A XYZ Live, que vai operar a arena de shows no novo projeto, a Lacan Investimentos, e a Multipark, responsável pelos estacionamentos, entraram no acordo. O projeto de R$ 450 milhões seria financiado pelo BTG Pactual, e bancado por meio de investidores, que poderão explorar arena e estacionamentos durante 20 anos – o projeto prevê que receitas das duas origens, além da cessão do setor amarelo do estádio, compensarão os investidores.

 

Fonte: Uol

3 comentários em “Aidar sugere a Juvenal tática para driblar oposição e aprovar cobertura

  1. Como podem pessoas assim desrespeitar a oposição. Aqui, oposição tem sinônimo de inimigo e não de adversário.
    Se essa pessoa ainda é candidato e tem essa atitude, imagina quando (se) for presidente.
    Estamos mesmo virando um SCCP.

    • É por isso que concretizo mais minha opinião de que se tivéssemos caído para a Série B, seria a melhor coisa para a saúde do nosso querido Tricolor. Porque essas…pessoas provavelmente não estariam com um sorrisinho na cara.

  2. Impressionante como pessoas baixas e/ou despreparadas estão para assumir o comando máximo do tricolor a partir deste ano.Aidar ou Kalil, qualquer um dos dois que vença, só haverá um irremediável perdedor, o São Paulo.

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