Aidar descarta ser “Rainha da Inglaterra” e busca R$ 100 mi

O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, descartou perder poder de decisão sobre o futuro do clube. Em meio a um processo de reformulação diretiva no Tricolor, o mandatário explicou as funções do CEO, Alexandre Bourgeois, a criação de quatro novos cargos remunerados e um novo organograma da administração são-paulina. Todos esses, no entanto, tendo de se reportar a ele no final.

“Não vou virar uma Rainha da Inglaterra”, afirmou Aidar, rechaçando dar um poder maior aos conselhos e a criação de um comitê gestor. “Descarto qualquer chance de abdicar dos meus poderes. Passei por um processo eleitoral forte, ganhei e fui eleito. Vivemos um regime presidencialista e não parlamentarista”, explicou, dando como exemplo o governo britânico, onde não existe a figura de um presidente, mas sim de um parlamento composto por quase 1.500 membros.

Agora, o clube trabalhará com metas, em esquema parecido com o mundo corporativo. Executivos de Futebol, Marketing, Corporativo e Social serão contratados como funcionários remunerados para otimizar esses setores. Todos vão se reportar ao CEO, que estabeleceu objetivos como tornar o São Paulo o “melhor entretenimento em futebol da América do Sul” e “tornar o elenco do São Paulo competitivo a nível europeu”. “Metas bastantes ousadas, não?”, pontuou o cartola tricolor.

Dentro dessa nova organização, o cartola fez questão de frisar que o objetivo é passar pelos prejuízos de 2015 e 2016, terminando 2017 no azul. “Nós vamos melhorar aos poucos e, em 2017, teremos um grande ano para o São Paulo”, comentou. Para isso, Aidar até voltou atrás no valor que dizia ser da dívida do clube. Antes estipulado por ele próprio em R$ 270 milhões, o valor estabelecido a ser pago foi de R$ 137 milhões. “O restante é composto por passivos bancários e outros pontos que não precisam ser pagas tão brevemente.”

Mesmo assim, o dirigente reconheceu que tem uma missão importante até o final do ano: conseguir R$ 100 milhões para abater boa parte da dívida e dar segurança ao projeto. “É essencial que consigamos esse valor”, apontou o presidente, que enxerga na criação de um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) a saída para angariar esse valor.

Esse investimento, comum no mercado financeiro, reúne pessoas interessadas em grande rentabilidade. De acordo com pessoas ligadas ao assunto, o lucro pode ser de até 150%. “A cota mínima será de R$ 1 milhão”, disse Aidar, que assegurou já ter contado até 50 possíveis torcedores que comprariam a ideia.

Em resumo, os são-paulinos milionários colocariam seu dinheiro apostando na valorização futura de algum jogador. Um atleta jovem teria seus direitos estipulados em uma quantia pelo clube, que repassaria uma porcentagem para o fundo. No futuro, caso ele seja vendido, o investidor pode ganhar mais que o dobro do que investiu inicialmente.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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