Aguirre exige São Paulo determinado, competitivo e com atitude

Diego Aguirre chegou ao São Paulo sem dar muitos detalhes sobre suas ideias táticas e técnicas para o time em sua apresentação, nesta segunda-feira. Mas o uruguaio se apresentou prometendo que não sairá do clube antes do fim de seu contrato, em dezembro, mesmo se tiver convite da seleção. E traçou fundamentos para sua equipe.

– Acho que é fundamental o time mostrar competitividade, atitude e motivação total para ganhar cada jogo. É a primeira coisa que precisamos dar para o time. As coisas de futebol, de tática, de funcionamento, vamos fazer em campo a cada jogo. Quero que o torcedor seja representado pelo time que vê dentro de campo – disse o novo técnico, com a concordância de Raí, diretor executivo de futebol do Tricolor que estava ao lado do uruguaio.

Aguirre deixou claro que só tem o São Paulo na cabeça. Foi sua primeira resposta a Raí quando o diretor o procurou para substituir Dorival Júnior e, em cima disso, ele garante que nem o sonho de possivelmente substituir Oscar Tabarez na seleção de seu país o fará pensar em outro assunto fora o Tricolor.

– Para o futuro, é possível a seleção, mas a prioridade é o São Paulo e não penso em outra coisa. Na minha cabeça, só tem o São Paulo. A primeira coisa que respondi a Raí foi que, se vier a seleção, minha prioridade é o São Paulo. Não é algo que vai durar para sempre, talvez seja uma possibilidade em algum momento, mas meu compromisso é para o ano inteiro e vou cumprir – prometeu, traçando a retomada do clube.

– Vi os últimos seis jogos da equipe. Tenho bastante informação e estamos trocando ideias. É cedo para fazer uma avaliação. Preciso de um tempo para ter mais certezas. Isso vai acontecer nos próximos dias. Mas temos de aproveitar cada jogo, temos que mostrar que é possível. Precisamos estar confiantes. Temos bons jogadores e temos de pensar que podemos ganhar tudo o que está na frente.

Aguirre foi apresentado nesta segunda-feira não só com Raí ao lado, mas também Diego Lugano, hoje superintendente de relações institucionais do clube e que admitiu ter indicado a contratação do técnico. Darío Pereyra, ídolo uruguaio como zagueiro do Tricolor nos anos 1980, também esteve no CT da Barra Funda para acompanhar a chegada do compatriota.

Veja outros assuntos abordados por Aguirre em sua apresentação:

Escolha de time
Ter poucos dias para treinar dificulta, mas precisamos superar. Não penso em ter muitas variantes, isso acontece de acordo com o nível e o compromisso dos jogadores. Mas precisam jogar cada jogo como uma final. Se jogar bem, continua; se não jogar bem, perde o lugar.

Problemas no São Paulo e esquema tático
Prefiro não responder. Se tivermos algum problema, vamos tentar solucionar. Não vou responder muitas coisas disto. Prefiro que você veja na hora do jogo. O time tem que tomar agressividade, atitude, determinação e bom jogo. Um time grande como o São Paulo tem que jogar. Temos que assumir a pressão e ter confiança. Coisas táticas ou de sistemas, não acho que seja o momento de falar sobre isso.

Rodízio no time
É uma coisa que você pode trabalhar bem, ter um grande elenco e ficar perto de um título. Com o Inter chegamos na semifinal da Libertadores e, no futebol, ganhar ou perder a diferença é mínima. Acredito no trabalho. Quero ganhar e quero ser campeão. Tenho a convicção do meu trabalho e sei que é possível ganhar alguma coisa importante.

Reforços
Tenho de aproveitar ao máximo os jogadores que temos. Eles são os melhores. Vão ter confiança para mostrarem o nível que tem. Não está fechada a possibilidade de trazer algum jogador, mas não é a prioridade

Valdívia
É um menino espetacular, bom profissional. Tivemos uma experiência juntos que foi muito boa. Quero que ele repita aqui no São Paulo (o que fez no Inter). Tenho certeza de que vai acontecer.

Diego Souza

Diego Souza é um atacante que pode jogar mais na frente ou atrás. Temos de ver o nível que vai apresentar.

Passagem pelo São Paulo como jogador, em 1990
Foi uma experiência maravilhosa. Pude ver jogadores de altíssimo nível, de seleção brasileira. Tenho o conhecimento do clube porque joguei aqui, porque me troquei no vestiário. Sou uruguaio, mas joguei aqui em vários times. Treinei o Inter e o Galo e me sinto com o conhecimento de tudo para poder fazer o meu trabalho.

Lugano é seu jogador preferido?
Adoro ter jogadores no time como o Lugano. A vida tem essas surpresas porque o Lugano foi meu jogador muito jovem. Hoje, estamos aqui, eu como treinador e ele como diretor do clube. Gosto de jogadores com as características dele.

 

Fonte: Lance

6 comentários em “Aguirre exige São Paulo determinado, competitivo e com atitude

  1. Gostei do discurso de vontade em ganhar, coisa que falta ao SPFC a muito tempo, parece que os jogadores vem pro clube ese sentem em férias, sem.obrigação nenhuma de ganhar, aliás, quando fazem 1 ou 2 gols sossegam, parece que jogam pro gasto.
    Está na hora mesmo de cobrar os vagabundos e dar oportunidades pra quem tem vontade, chega de Resort!

  2. Ele já deu o recado, quer jogar? Tem q ter raça e competitividade o tempo todo, caso contrário, vaza! Tomara q ele coloque raça nesse time q a muito tempo tá cheio de come e dorme

  3. Com o homem não tem papo furado, é curto e grosso, é exatamente o que esta precisando no esquema todo frouxo ao extremo. As referencia são as melhores. E também o Jardine esta se mostrando um cara super do bem, louco para aprender e pelo jeito demonstrado não é de ultrapassar o sinal, a ordem que ele tem é de absorver o que puder do novo mestre.

  4. Tem boas idéias e não se mostra “manso e passivo” como o Bundão Jr. Também confio no trabalho do Jardine… Ele tem um excelente olho clínico. Lembro que no time dele o Araruna era reserva. Quem o levou para o elenco profissional foi o Rogério. Os atletas que ele indicou para subir aprovaram: David Neres, Luiz Araujo, Militão e agora Liziero.

  5. Muito bom! É o que precisamos: um treinador que escolha os melhores do momento para compor o time e não alguém que se deixe impressionar pelo nome ou salário do jogador. Joga quem estiver melhor e ponto!
    Agora, melhor o Rai se benzer e ficar esperto: os dois últimos brasileiros que o contrataram como treinador – diretores do Inter e do Atlético, não viveram o suficiente para apreciar seu trabalho.
    “Vade retro” bicho doido…

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