Improvisações na defesa são rotina de Aguirre em clássicos

Diego Aguirre assumiu o comando do São Paulo em março de 2018 com a missão de dar uma “cara ao time” e, principalmente, findar o alto número de gols sofridos do time no início da temporada. Para isso, o treinador uruguaio desembarcou no Brasil com o plano de ajustar o time da defesa para o ataque, ainda mais com o alto número de opções das quais se viu respaldado no setor. E para todo mundo jogar, o treinador tem apostado nas improvisações.

No último sábado, a grande novidade de Aguirre para o clássico diante do Palmeiras foi a escalação de Rodrigo Caio na equipe titular como lateral-direito, dando liberdade para Bruno Peres jogar mais à frente. E essa estratégia de proteger a linha defensiva com jogadores mais “marcadores” é quase que uma tendência do comandante, principalmente nos clássicos, onde se mostra a favor da precaução.

Apesar de não ter dado certo contra o time armado por Felipão, a estratégia se mostrou uma possibilidade circunstancial para determinados momentos de jogos. Muito criticada, a escolha não foi de toda surpreendente, basta ver as escalações de Aguirre nos cinco clássicos que disputou contra os rivais paulistas no Campeonato Brasileiro, grande parte delas com “surpresas” presando a defesa ao ataque.

Em seus dois primeiros clássicos pela competição nacional, o uruguaio não inovou. Contra o Santos, apenas apostou na qualidade defensiva de Edimar à ofensividade de Reinaldo para garantir a vantagem de 1 a 0. Contra o Palmeiras, no Allianz Parque, a derrota por 3 a 1 não ficou marcada por inovações, muito também pela forma como a derrota se desenhou, no segundo tempo.

A primeira inovação na escalação, dando início a tendência, foi no Majestoso do primeiro turno, dia 21 de julho. Na vitória por 3 a 1 sobre o Corinthians, o treinador não tinha Everton à sua disposição e colocou Reinaldo para atuar pelo flanco esquerdo ofensivo, com Edimar atuando na lateral. A escolha não só se mostrou efetiva como certeira, com o camisa 14 marcando dois gols.

Como toda tentativa acertada, a estratégia foi repetida em outras partidas, mas sem o mesmo sucesso. Por isso, no San-São do segundo turno, na 25ª rodada, a mudança foi outra. Sem Bruno Peres, foi Arboleda quem entrou na lateral-direita. O camisa cinco, porém, não teve grande atuação individual e pareceu perdido em alguns momentos. Entretanto, pareceu seguir à risca o conselho de subir pouco ao ataque.

No último sábado, Rodrigo Caio foi a surpresa da vez. Criticado por boa parte da torcida, o zagueiro deslocado para a lateral teve bons primeiros minutos, mas acabou com sua atuação comprometida após o cartão amarelo. Aos poucos, a novidade foi ganhando status de fracasso, sem conseguir conter os avanços principalmente de Dudu como outrora.

Algo que ajuda a explicar as escolhas de Aguirre, principalmente nos clássicos contra Santos e Palmeiras, são o desequilíbrio de seu elenco. Sem muitas peças para os flancos do campo, o uruguaio costuma adotar a escolha mais defensiva, corroborada com o expressivo número de opções e zagueiros que acabam atuando pouco. Antes considerado uma boa alternativa, o rodízio na dupla de zaga deixou de ser adotado com tanta frequência pelo comandante.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

Um comentário em “Improvisações na defesa são rotina de Aguirre em clássicos

  1. Toda improvisacao tem que ser bem pensada, analisada, pq se vc tem como colocar as peças no lugar sem improvisar pq inventar?
    E ai que seu Aguirre se dá mal e esta se dando mal, Rodrigo Caio ja provou que nao serve mais para o Sao Paulo e nao sei pq a diretoria nao desfez desse arremedo de jogador e parece ou nao conscidencia que foi so o RC comecar a treinar e comecar a ser escalado o time desandou mais ainda, pq os treinador fica pressionado pela diretoria e por empresarios a escala lo, pessima situacao, e se continuar improvisando dessa maneira a corda ja esta no pescoço so falta puxar esta pedindo para ser demitido.

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