Entre as poucas boas notícias tricolores deste início de 2016 estão os gols de Paulo Henrique Ganso. Foram três em 11 jogos, um de cabeça após cobrança de escanteio de Michel Bastos, e outros dois em chutes de fora da área. Momento propício para o jogador tentar deixar para trás uma estatística bem desagradável a um camisa 10.

Na Libertadores, o meia disputou 20 partidas com a camisa do São Paulo. Deu apenas três assistências e não fez nenhum gol. É nessa competição que a equipe colocará seu futuro em jogo na quinta-feira, contra o River Plate, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Derrotado na estreia pelo The Strongest, em casa, o Tricolor ficará seis pontos atrás de bolivianos e argentinos em caso de novo fracasso.

Ganso estreou pelo torneio com a camisa do São Paulo em 2013, na primeira fase, diante do Bolívar. Na época, como reserva de Jadson, entrou no segundo tempo. Mesmo sem posição assegurada naquela equipe, ele teve alguns bons momentos. Na fase de grupos, sua entrada foi essencial para que o time virasse sobre o mesmo The Strongest, no Morumbi. Também na casa tricolor, o jogador teve atuação muito elogiada na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG, que decretou a classificação para as oitavas de final, quando acabou eliminado pelo próprio Galo.

Em 2014, a equipe não disputou a Libertadores, mas, graças ao vice-campeonato brasileiro, voltou em 2015. Mais uma vez, a participação na fase de grupos foi irregular. As três vitórias no Morumbi – sobre Danúbio, San Lorenzo e Corinthians – salvaram a classificação, mas, novamente, um time mineiro estava no caminho nas oitavas. Dessa vez, o Cruzeiro tirou o São Paulo e avançou. Ganso, titular da equipe, não fez nenhum gol.

Na semana passada, depois de ter definido a vitória por 2 a 0 sobre o Mogi Mirim, Ganso brincou com Edgardo Bauza no vestiário. Disse que era goleador. O técnico contou o que respondeu.

Meia lamenta chance perdida em derrota para o The Strongest, na estreia da fase de grupos (Foto: Marcos Ribolli)

– É um jogador muito rico tecnicamente. Nós temos falado com ele (sobre finalizar mais a gol), mas isso passa por ambição pessoal. Ele se sente tão reconfortado quando faz um gol como quando dá um passe para o companheiro. Creio que ele tenha condições de fazer mais gols. Eu digo que ele tem possibilidade de fazer gols em todas as partidas, por sua riqueza técnica, mas isso passa por ambição pessoal – afirmou o Patón.

O meia esteve muito perto de quebrar o jejum nos primeiros minutos da participação são-paulina em 2016, mas parou no travessão ao tocar por cima do goleiro Libman, do Cesar Vallejo, em duelo no Peru. Nas semanas seguintes, em dois jogos no Pacaembu, manteve-se na seca.

Mesmo em 2011, quando foi campeão da Libertadores pelo Santos, Ganso disputou sete partidas e fez só um dos 20 gols da equipe. Neymar, seu histórico parceiro, marcou seis vezes.

Ganso e o São Paulo embarcam na manhã desta quarta-feira para Buenos Aires, onde será feito o treino de reconhecimento do gramado, às 18h (de Brasília). Na quinta, às 19h30, a partida terá início, e o meia mais uma chance de comemorar na Libertadores pelo seu atual clube.

Fonte: Globo Esporte