Trabalho de inclusão social completa um ano no São Paulo

 

Há exatamente um ano eram apenas três. Ou quatro. Ou cinco. Não importa. Eram garotos, com síndrome de Down, que não conseguiam dar uma volta em torno de um cone na quadra de Futsal. Era o início de um trabalho árduo, de muita dedicação e voluntarismo, que tinha tudo para dar certo pelo amor dedicado pelos dirigentes que se responsabilizaram pelo propósito.

 

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Então vieram outros. Com altismo, deficiência física, e, principalmente, Síndrome de Down. Hoje são 17, que respeitam palavra por palavra, ordem por ordem dada pelo professor Hugo, um abnegado em prol dos garotos. Tem entre 16 e 39 anos. Mas ali na quadra, isso não faz a menor diferença. No começo foi integração. Agora os atletas já se preparam para disputar, ano que vem, a primeira competição defendendo as cores do Tricolor.

A chegada é festiva. Cada um vem em cada diretor presente e cumprimenta um a um com abraços e até beijos. Eu e a Helo Cavalari, acompanhando o momento do treino desde a chegada dos atletas, numa segunda-feira à noite, no G3 do Morumbi, também éramos efusivamente cumprimentados por todos.

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O que menos deu atenção foi o Zangado. Ah, esse apelido ele tem por ser assim, muito mal-humorado. Segundo o Pirinha, diretor responsável pelo grupo, no começo ele não cumprimentava nem falava com ninguém. Um psicólogo especializado no assunto orientou Pirinha a ser duro. E ele disse que doeu no coração, mas teve que chamar o Zangado e dizer a ele que, se não mudasse seu comportamento, sairia do time. Pronto. O Zangado, por mais mal-humorado que seja, cumprimenta a todos e respeita cada um de seus companheiros.

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O Rafinha é o goleiro. Já foi campeão brasileiro pelo Corinthians. Quando veio contar para mim o feito, se abraçou no Pirinha e escondeu o rosto com vergonha. Eu disse que ele estava de parabéns e que agora o queria ver campeão pelo São Paulo. Bastou para ele abrir um sorriso de orelha a orelha e sair comemorando na quadra, prometendo o título.

Também tem o Guerreiro, que com outros cinco atletas, faz judô nas terças-feiras. Ele foi medalha de ouro num torneio recentemente. Não quis me dizer onde foi. Mas garantiu que irá atrás de outra medalha de ouro para o São Paulo, semana que vem, no Rio de Janeiro.

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Foi uma noite de segunda-feira emocionante e de extrema felicidade para nós, que não sabíamos deste trabalho de inclusão social que o São Paulo faz. Valeu este contato maravilhoso com estes seres iluminados. Valeu pelo trabalho desenvolvido pelo  Pirinha, Nilton Tomita, Maurício, Geraldo, Luis, Peté, Bá e Adriana. Uma equipe voluntariosa que tem como único objetivo fazer o bem destes seres iluminados.

Mas tem muita coisa ainda a fazer, principalmente no quesito apoio. Com muita luta, foram conquistados uniformes para todos eles. Mas cabe à nova direção do Departamento de Esportes Amadores olhar com muito afinco para este trabalho, verificar muita coisa que está faltando e preencher essas necessidades. Isso engrandece qualquer pessoa, qualquer dirigente.

Nós, do Tricolornaweb, nos sentimos engrandecidos ao acompanhar este trabalho e tivemos a certeza que, apesar de tudo que ocorreu no São Paulo nos últimos meses, ainda há gente abnegada e o clube tem tudo para voltar a ser o que sempre foi: uma grande família.

 

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Paulo Pontes

6 comentários em “Trabalho de inclusão social completa um ano no São Paulo

  1. eu jogo nesse time jogo de pivô ou ala amo jogar pelo spfc jogo com seriedade amo esta família mas que um timaço uma grande família

  2. São por ações como essas que tenho imenso orgulho de torcer pelo São Paulo FC, mas que ultimamente nos causa mais tristezas por aparecer na mídia com notícias de corrupção.

    Obrigado PP, continue mostrando a torcida os malfeitos cometidos por nossos representantes, mas também traga mais notícias como essas pra mostrar que nem tudo está perdido.

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